domingo, 15 de junho de 2008

Contribuição do computador na Educação

“Como o computador contribui para a transformação da escola, da aprendizagem e da prática pedagógica?”

Nos dias atuais debate-se o uso ou as formas de uso do computador nas escolas, uma vez que somente introduzi-lo no ambiente escolar não é garantia de sua devida utilização. O aluno pode ter acesso ao equipamento, ao professor pode ser disponibilizado o laboratório de informática, entretanto há necessidade de capacitação para o uso adequado porque somente isto não garante aprendizagem.
Nós educadores sabemos que a utilização dos recursos tecnológicos é um caminho sem volta. O computador e a internet estão ao nosso alcance para usufruirmos das inovações, mas é preciso conhecê-los, dominá-los para, então, explorá-los.
Quando os primeiros computadores chegaram às escolas provocaram incertezas e inseguranças nos profissionais da educação porque foram introduzidos sem planejamento e preparo dos docentes para saberem como usá-los. Houve até alguém que achou que o computador poderia substituir o professor e isto provocou resistência ao equipamento. Também se pode afirmar que grande parte destes educadores foram criados com medo da tecnologia por receio de estragar.
Com o passar dos anos e os devidos esclarecimentos sobre o uso adequado do computador muitos educadores foram acompanhando as inovações, para utilizar, além do livro didático, as novas tecnologias, sendo, não apenas um mero transmissor de conhecimentos, mas um organizador de situações de aprendizagem, promovendo maior qualidade no ensino.
Segundo Sérgio Augusto Freire de Souza,existem algumas falácias a serem superadas. “ Portanto, crer que a informática, por si só, irá trazer uma revolução à educação é o primeiro pressuposto falacioso. O computador não é, e nem deve ser, por si só, a panacéia educacional.”
A segunda falácia : “Essa idéia, portanto, de o computador ser um bem intangível e incompatível com a escola pública brasileira não passa de um pressuposto falacioso também, um pressuposto de cunho ideológico.”
Uma terceira falácia se refere ao computador dominar o homem: “em plena era da informação, há pessoas que acreditam que os computadores possam vir a dominar o homem, no sentido de ser seu senhor. Acreditar nesse pressuposto de submissão do homem à máquina é cair numa armadilha argumentativa.”
A quarta falácia citada pelo autor é: “A informática na Educação é uma moda. O computador não é efêmero. Chegou e chegou para ficar porque é diferente das outras máquinas. Ele é versátil e multi-uso; ele permite a interação e atende à individualização do ensino, respeitando o ritmo de cada aluno; é multisensorial, qualidade que só acrescenta à melhoria qualitativa da motivação no e da eficácia do processo ensino-aprendizagem.”
Se fizermos uma parada para observar o quanto o fluxo de informação determina os processos da sociedade contemporânea já poderemos comprovar que esta falácia não procede. De acordo com o mesmo autor, ” O fato de estarmos refletindo sobre aspectos pedagógicos, discutindo a escola pública e a política educacional já é um aspecto muito promissor da introdução do computador na relação ensino-aprendizagem.”
Podemos destacar a importância e a contribuição do uso do computador na transformação da escola, da aprendizagem e da prática pedagógica, considerando os benefícios no aspecto administrativo, como: para emitir relatórios, escrever textos, confeccionar tabelas, editar ou consultar banco de dados, controlar pagamento e emissão de rendimento escolar do aluno. Quanto ao uso da informática na Educação existem os softwares que dão suporte ao processo educacional. Os alunos são encaminhados ao laboratório e fazem uso dos softwares de forma específica e restrita a um determinado uso da internet.
Através da informática educacional, o computador é usado como instrumento, ferramenta para o desenvolvimento de projetos. A sua utilização amplia as opções com consulta a bancos de dados, internet, entretanto não garante que o aluno processe a informação, transformando-a em conhecimento se não tiver a mediação do professor. Este, por sua vez, precisa dominar o manuseio do computador, identificar o potencial de recursos pedagógicos e relacionar seu conhecimento técnico com o conhecimento pedagógico para fazer com que o aluno se aproprie do conhecimento acadêmico.
Pela informática educativa, como suporte ao professor, usando o computador como mais um recurso para o desenvolvimento do trabalho pedagógico, fará à propagação do conhecimento, usando mais um meio didático onde o professor pode acompanhar o que o aluno construiu, a forma de manuseio, avaliando em que momento deve intervir para colaborar no processo de construção do conhecimento.
Segundo, José A. Valente, precisamos fazer uso inteligente do computador na educação. “Se o computador pode ser usado para catalisar e auxiliar a transformação da escola, mesmo diante dos desafios que essa transformação nos apresenta, essa solução, a longo prazo, é mais promissora e mais inteligente do que usar o computador para informatizar o processo de ensino.”
Nós educadores de hoje, precisamos buscar aperfeiçoamento para saber usar o computador e as novas tecnologias como ferramentas em benefício do processo ensino-aprendizagem, onde as informações são mais fáceis de serem obtidas e processadas, com maior rapidez, facilitando o trabalho do aluno e professor e tornando a escola mais prazerosa.
Referências Bibliográficas:
O USO INTELIGENTE DO COMPUTADOR NA EDUCAÇÃO. José A. Valente
NIED - UNICAMP
www.bibvirt.futuro.usp.br/content/download/3317/22949/file/usointeligente.PDF

ALMEIDA, Fernando José de. Educação e informática: os computadores na escola. São Paulo: Cortez: Editores Associados, 1987.

SAVIANI, Demerval. Educação: do senso comum à consciência filosófica . São Paulo: Cortez, 1984.
Revista da Universidade do Amazonas, v.5 n. 1/2, p.33-40, Jan/dez., 1996 - SOUZA, S.

sábado, 14 de junho de 2008

CAPACITAÇÃO DOS EDUCADORES DAS SÉRIES INICIAIS

Capacitação dos Educadores das Séries Iniciais

Neste ano de 2008,a Gerência de Educação, através da Supervisoria de Educação Básica e Profissional, oportunizou a Formação Continuada no Ensino Fundamental de nove anos aos Profissionais que atuam nas 1ª e 2ª séries para ampliar os debates sobre o Ensino Fundamental, desenvolvendo ações e reflexões que contribuem para o desenvolvimento do conhecimento científico e pedagógico dos professores e conseqüentemente, dos alunos.
A ênfase no trabalho coletivo e no diálogo como forma de superar as dificuldades, a troca de experiências, vem construindo o trabalho com os professores. Através de um novo enfoque,refletindo sobre a teoria que fundamenta a ação docente, foram apresentadas novas possibilidades metodológicas para ensinar e aprender, trabalhando a partir das experiências em situações vivenciadas no cotidiano da escola, os principais desafios da alfabetização e do letramento e as perspectivas para fazer com que cada criança tenha assegurado o seu direito de aprender a ler e a escrever e, assim, a participar do mundo da escrita.
Acreditamos que um processo de formação continuada que tem como eixo a reflexão coletiva sobre a prática,sobre a experiência, contribuirá para aprimorar a ação dos professores e levá-los a incorporar recursos metodológicos a uma “nova” prática docente, que propicie a construção do conhecimento através do “fazer”, e de atividades que permitam trabalhar as competências nas diversas áreas.
Esta proposta de capacitação aos profissionais que atuam nas primeiras e segundas séries, realizada nos dias 23, 29 e 30 de abril, num total de 24 horas, com aproximadamente 90 profissionais que atuam nas escolas da regional de Canoinhas,permitiu a reavaliação constante, para aprofundar os debates em torno do ensino-aprendizagem, redimensionando o trabalho pedagógico de acordo com o ensino de nove anos.
As temáticas abordadas foram:
- Alfabetização: o direito de aprender, ministrado pela Integradora de Ensino Fundamental, Ana Maria Magalhães Bedretchuk;
- Ensino Fundamental de nove anos na Rede Pública Estadual, proferido pela Supervisora de Educação Básica e Profissional, Maria Goreti Moreschi Kuminek;
- Alfabetização: o direito de aprender; Infância e Escolaridade; Alfabetização e Letramento; Currículo do Ensino Fundamental de nove anos, ministrados pela profissional da Secretaria de Estado da Educação, Vânia dos Santos Ribeiro.
A capacitação dos educadores é primordial para o aprimoramento do processo ensino aprendizagem